PALATO RICO PALATO POBRE é o meu novíssimo livro e sai no próximo dia 7 de novembro, que na verdade acontece em menos de nada. É um livro de receitas baratas, que o tempo não está para graças, e parte de um desafio da Zero A Oito, a minha editora, de criar um livro de receitas económicas. Este livro parte de uma proposta. E é a minha resposta a essa proposta. Versa assim: um livro com receitas baratas, que o tempo não está para graças.   Fui para casa ruminar esta premissa das receitas baratas, do que é comer em conta, do que é isto tudo da poupança e da economia doméstica.  E quando voltei a entrar na sala de reuniões para voltarmos a falar deste livro, apresentei esta contra-ideia: e se em vez de serem só receitas baratas e mais nada, pegássemos em seis produtos-base potencialmente acessíveis e os dissecássemos na maior quantidade de receitas em que podem desdobrar-se? Assim género, um frango do campo inteiro, um quilo de arroz, um litro de leite, meia dúzia de ovos, uma pescada, um pão e uma couve? Não necessariamente por esta ordem, mas percebem a ideia, não é?  Mais do que a ideia de produzir receitas baratas que depois não saem baratas, porque só a lógica de ir comprar ingredientes de propósito para confeccionar uma receita já não é barata nem económica em si, a mim interessa-me que quem cozinha consiga ser permeável à ideia de que uma receita pode ser muitas coisas. Que uma receita não tem de implicar desperdício, que é possível aproveitar todas as partes de um produto, que as partes menos nobres são tão deliciosas e nutritivas como quaisquer outras, que é nessa visão holística dos ingredientes e da cozinha que reside então a verdadeira poupança.  E dizem-me muitas vezes que preciso de ensinar a muitas coisas na cozinha. Pois bem, atendendo a essa necessidade, aqui está. Assim que a pré-venda estiver disponível, aviso. Carlos Pinto | Maria Olívia Rugani | Ricardo Capucho | Rafael Tonom | André e. Teodósio | David Motta | Helena Vaz Pereira | Isabel Miller | Lea Magui Louro | Ben Gonthier | Galeria Foco | Inês Maldonado | João Afonso | nês Silva | Colorfoto

Um retrato que representa conteúdo simbólico. A rosa encarnada com espinhos, salto alto, óculos de sol e tudo floresce numa estrada deserta em paisagem “natural”. Aventura permanente com O Perfeito @carlospintophoto que o que aí vem não se faz sozinha. 🌹🌹🌹

Estando todos os regressos já devidamente regressados, vamos lá falar de um tema *APAIXONANTE*: A Revisão do Automóvel da Família. O automóvel da Família é onde tudo acontece. É o escritório ambulante do Pai, é parque de merendas, táxi, carrinha de transporte… é tudo. Não há forma sexy ou divertida de abordar este tema a não ser assim, indo directa ao assunto: este ano, para evitar aquelas coisas típicas de quem não consegue organizar-se, em meados de Agosto marquei a revisão pós-férias e visitas à Família espalhada pelo país para a Litocar, nave mãe dos Volvos, para se exercerem todos os cuidados ao veículo. O atendimento é maravilhoso e o diagnóstico, feito por profissionais especializados, é de confiança, tudo certo. Por este ser o centro nevrálgico de tanta actividade familiar, é preciso ter estas coisas em dia, das quais quase me esqueço, porque o hábito de conduzir um primo cem por cento eléctrico me afastou de tal forma destas andanças do óleo e assim, que nem vos conto!… (os eléctricos só vão à revisão de dois em dois anos!…) A revisão é o check-up em que a gente se queixa que o computador de bordo diz umas coisas que não se entendem, é o momento em que se pede para ver se é o pneu que perde ar, se é o ar que está em conflito com o pneu, é aquela altura em que se fala das luzinhas que acendem… Mas também é o momento em que se actualizam os softwares de navegação e segurança a bordo, se faz uma análise do perfil de condução, consumos e por aí adiante. Eu disse que ia ser apaixonante, não disse? Ora bem, a parte mais maravilhosa passa pelas coisas da longevidade, tais como a garantia no serviço e na substituição de peças, mas também naquelas coisas do hoje, como a actualização do software e subscrição gratuita da app Volvo durante um ano. A app dá muito jeito, especialmente a pessoas que se esquecem de portas abertas e assim… Portanto é isso, este é um post de #adulting sobre a importância de escolher melhor e mais seguro porque vendo bem as coisas, estou mais perto dos quarenta que outra coisa. Agora pensem.

Tinha 24 anos quando se estreou no jornalismo, mas é nos projetos que rodeiam a gastronomia e que enaltecem a tradição que gosta de estar. Escrita, concursos e eventos são só alguns dos lugares que habita. Sempre com a mesa cheia. pamado, esta semana, no Refeitório. ⚡ Cada semana o Refeitório serve um menu exclusivo, pensado para e por uma pessoa diferente capaz de nos encher o tabuleiro de histórias. 📢 Disponível em Podcast: antena1.rtp.pt/podcast/refeitorio. #antena1rtp #joanabarrios

De há uns anos para cá (não sei quantos, ao certo), tenho a missão de conduzir o primeiro momento da ModaLisboa, as #fasttalks em que se convida o público de Moda a pensar um pouco o que motiva o tem de cada edição. Há muitos anos que conduzimos conversas sobre sustentabilidade, circularidade, tecnologia, inovação, construção e comunicação de marca, desafios do sector têxtil, a situação estratégica e diferenciadora do sector têxtil português, a qualidade do mesmo, os esforços que é necessário fazer para que o sector seja cada vez mais competitivo, a valorização da mão de obra, a especialização da mão de obra, a importância vital da educação. Sempre que as conversas terminam começa o bulício dos desfiles e acabo a trocar mensagens com a Graziela e a Joana sobre como foram. As conversas de ontem foram particularmente maravilhosas. O trabalho de anos de debates culminou numa troca de impressões entre todos os intervenientes de ambos os painéis, tornando a conversa fluida e desafiante. Uma conversa madura sobre sustentabilidade abrilhantada pelo espírito livre de João Wengrovious Ricardo Costa, Ana Tavares e Manuel Teixeira e uma conversa muito interessante sobre construção de marca com Constança Entrudo, Matthew Harris e Alberto Caselli Manzini, em que o mesmo espírito de partilha de experiências totalmente distintas apenas enriqueceu aquilo de que são feitas as matérias tratadas. Conversas com raccord. Que maravilha!

Post extra-sensível para 6 de Outubro, data do aniversário da PRAGA. 
Para mim começou quando vi o André na Black Box d’ @oespacodotempo performando SUPER GORILA. O restaurante dos meus pais é o pano de fundo para as primeiras trocas de palavras por intermédio de uma T-shirt de Sonic Youth e as artes mágicas da minha Mãe. Era 2007. A importância da PRAGA na minha vida é inegável. É a minha primeira família extra-família. É o espaço mais seguro. Foi onde reaprendi a pensar. É onde aprendo a pensar. É a minha estrela-polar. É o colectivo mais maior. É a fidelidade total. É a razão das razões. É por e para. O Teatro Praga é a minha casa. Ter uma casa no Teatro é o derradeiro privilégio. Estar consciente desse privilégio é essencial. Quando escrevo ou digo Família, é Família. Os laços são maiores que a vida. Foi chegar a um sítio onde falavam a mesma língua. A importância vital da Praga no panorama artístico português é inegável. Temos muita sorte em ter uma Praga. Não estou muito eloquente nas palavras. Nestes dias fico moody. Obrigada por tudo. Uma selecção trôpega de imagens acompanha estas palavras. Celebro todos os dias tudo o que a Praga me dá. André, Cláudia, Diogo, Zé, Pedro, Patrícia.

🍴 @catarinaluismoura é a convidada desta semana do "Refeitório". Começou por procurar a gastronomia na literatura e hoje escreve sobre ela em várias publicações. Gosta de comer, claro. ⚡ Cada semana o Refeitório serve um menu exclusivo, pensado para e por uma pessoa diferente capaz de nos encher o tabuleiro de histórias. 📢 Disponível em Podcast: antena1.rtp.pt/podcast/refeitorio. #antena1rtp #joanabarrios

Quando saí da porta do Lux e me propus a viver sem um trabalho que garantisse um rendimento fixo, passei ali uns momentos de aperto que, apesar de fazer esticar o orçamento ser uma das minhas especialidades, não foram fáceis. A #nossasenhoradoscabelos um dia por essa altura, lançou-me o repto de a ajudar a traduzir para palavras o que ela fazia em cabelos, dizendo que lhe era uma coisa que lhe fazia mesmo muita falta e que eu escrevia como ela adorava e assim foi. Senti-me muito feliz pela oportunidade, tendo percebido anos mais tarde o tremendo gesto. Desde essa altura que lhe chamo “Patroa” - que ela odeia - e que é para mim uma verdadeira honra observá-la. A Helena é acima de tudo minha Amiga. Também é uma profissional de excelência, uma Artista, uma inconformada, uma pessoa com uma capacidade de ver para lá de quaisquer barreiras como conheço poucas. E ao longo dos anos isso é cada vez mais evidente. Afirmativa, ousada, provocadora. Não falha nunca. E é muito generosa e atenciosa e cuidadora. Já me cortou o cabelo na marquise de minha casa para assegurar que eu ia cozinhar aos programas de televisão durante a pandemia tão bem como qualquer outra das celebridades a sério que penteia (tipo A Catarina Furtado, A Carminho e assim). Ontem foi um dia muito especial para a Helena, cujo percurso profissional ímpar lhe permite continuar a conquistar e alcançar coisas que residiam apenas na massa dos seus sonhos, como é o caso da colecção que acaba de lançar com a Wella. Estive lá a traduzir a sua história genial e a assistir, mascarando as lágrimas de comic relief, a mais este triunfo mascarado de festa que descambou para arraial fora de época por obra e graça de Dino Alves. Para mim a Helena é um exemplo feminino essencial e todos os dias agradeço fazer parte da Família Griffe sem saber nada de cabelos.

No outro dia fui à pasta de receitas que vejo online e penso que devem ser óptimas e fiz um longo scroll. Algumas percebo que não vão funcionar, outras penso que na volta vão ser um #banger cá em casa, como diz o Carlos. É o caso desta que hoje partilho: massa filo, um clássico do #asmr da internet pela imensa crocância que propõe e consequente efeito #foodporn, curgete, aquela parente da abóbora que raramente assume posições de destaque, sal e pimenta, queijo de cabra curado (porque prefiro adaptar os ingredientes aos que me estão mais à mão), de sabor intenso, firme, perfeito, ovos e natas. Confeccionei esta pequena maravilha no meu forno AEG, no programa de 25% de humidade, para garantir crocância e suculência e não poderia ter funcionado melhor. E uma vez que correu assim tão bem e me pedem tantas vezes receitas rápidas e práticas, tomo a liberdade de partilhar convosco este resultado e que o meu SteamPro da @aeg.portugal é mesmo um excelente aliado na elevação dos cozinhados a nível doméstico, que são os que me interessam mesmo. É precisamente para isto que servem estes fornos de sonho: tornar o que já é potencialmente apetecível numa experiência ainda melhor. E como quem conta um conto lhe acrescenta um ponto, a receita não é minha, mas é bastante simples: precisarão de cerca de 12 a 15 folhas de massa filo, azeite, sal, pimenta, uma curgete, cerca de 150g de queijo de cabra curado, 4 ovos, 100ml de natas frescas, sal e pimenta. Cobrem o fundo de um tabuleiro de ir ao forno com azeite e criam assim uma espécie de prateleiras de massa, género biblioteca, onde terão de arrumar as lâminas de curgete e queijo; tornam a perfumar com um belo fio de azeite e batem os ovos com as natas; temperam com sal e pimenta e vertem generosamente por cima da vossa biblioteca. Levam ao forno pré aquecido a 180ºC no programa de 25% de vapor por cerca de 20 minutos e deixam arrefecer antes de cortar fatias. (Esta receita também é bastante #airfryer friendly e a AEG tem uma óptima!)

Estas fotografias foram tiradas aquando da Residência João Rodrigues na Lourinhã faz amanhã um mês. Mais do que a experiência gastronómica conservo na memória aquilo com que cresci, que me pareceu sempre super natural mas que afinal não o é em contexto urbano enquanto cultura transversal acessível a todas as pessoas, e que sei que o João através do Projecto Matéria e todas as coisas em que se envolve e passos do seu percurso, procura valorizar e trazer para a mesa. Não só de refeição, mas também de discussão. Há uma urgência enorme em tornar este conhecimento do domínio geral, em fazer isto chegar a toda a gente, em tornar acessível. Em aproximar a terra do betão através dolavra e dizer para irem, e de preferência a todas as actividades complementares da dita cuja. Cheguei quando o João Vieira nos abriu a porta da sua casa (como toda a vida vi fazer na minha ruralidade) e falou do que faz: é guardião de sementes. Após uma longa vida em França, regressou à sua terra natal para constatar que a mudança do paradigma agrícola na grande horta de Lisboa já estava em curso. Em menos de uma vida perdeu-se um saber que ainda se encontra nestas pessoas. Todos os anos semeia o que tem e deixa crescer. De um ano para o outro conserva as sementes e torna a semeá-las na safra seguinte. Sabe que quem controla as sementes controla o mundo (uma teoria há muito defendida por vários teóricos franceses e não só e editada em extensíssima bibliografia) e também sabe que é nas sementes que fica registado tudo o que sucede nesse ano: do clima à matéria orgânica presente nos solos, cada semente é uma fonte de sabedoria vital para a manutenção da possibilidade de cultivar, fazer crescer e alimentar com salubridade. A visita foi rápida, mas certeira e algures conteve uma frase que apontei nas notas do telemóvel: “o pão branco é um equívoco da Humanidade”. Imperava seguir para o forte de Paimogo onde almoçámos abrigados da ventania um menu altamente luxuoso cozinhado por João Rodrigues, Aitor Arregui, do Elkano Getaria (País Basco, Espanha) e Joel Martins, da Tasca do Joel. (Cont.)

Desafios, cultura gastronómica, maternidade, exigência da profissão e partilha de segredos: na estreia do programa temos um pouco de tudo, com a Chefe Marlene Vieira. ⚡ Cada semana o Refeitório serve um menu exclusivo, pensado para e por uma pessoa diferente capaz de nos encher o tabuleiro de histórias. 📢 Disponível em Podcast: antena1.rtp.pt/podcast/refeitorio. #antena1rtp #marlenevieira #joanabarrios

🫀 (obrigada pelo retrato, Inês)