Relato de uma performance. A vontade de inventar uma representação espontânea de Tibira surgiu em 2020. Enquanto pesquisador, ainda em minha especialização em Semiótica, atravessado pelas questões entre arte, gênero e sexualidade, a narrativa da existência de Tibira apareceu em algumas das dezenas de janelas do computador entre artigos e reportagens. Apesar de trágica, a sua história me atravessou sobretudo como um desejo de realizar uma ação. A partir desse germe, junto com Eduardo em nossa passagem pela Itália, levamos uma bandeira com a imagem que fiz de Tibira para realizarmos uma performance. A ação consitia em abrir a bandeira na frente da entrada do vaticano enquanto Eduardo realializava o registro fotográfico. Abri a bandeira  na frente da basilica de São Pedro, simbolo do maior poder da igreja catolica apostólica romana, a mesma que o acusou de sodomia e mandou assassinar Tibira do Maranhão no Brasil colonial, no periodo da inquisição, mas antes, com a desculpa de salvar sua alma o batizou. Apesar dos/das centenas de seguranças e olhares direcionados a bandeira além de perguntas de curiosos, a ação foi relativamente tranquila. Mas a vontade de abrir essa bandeira dentro da basílica ficou girando na minha cabeça. E fomos! Levamos a bandeira enrolada, que por algum motivo passou na revista e entramos na basilica de São Pedro. O esquema de segurança lá dentro é imenso e pensamos em desistir, mas de forma súbita dissemos: - vamos? Em uma rapidez imensa me posicionei no centro da basílica e Eduardo se posicionou no enquadramento da foto, abri a bandeira e o registro aconteceu. Tivemos medo, mas saímos ilesas! Um pequeno gesto para reafirmar a memória e insistência que nós es Tibiras, pessoas desviantes das normas de gênero, sexualidade e corporalidade impostas pela lente de mundo cis-hetero-cristã-colonial, temos todos os dias em continuar existindo e reexistindo com muita pulsão de vida, inventividade e reimaginação apesar da violência que nos atravessa. Essa foto performance compõe a exposição Degenerado Tibira: o desbatismo que abre nessa segunda-feira dia 07/08 na Casa do Barao de Camocim na cidade de Fortaleza- CE.

#tb Faz dois anos da abertura da instalação-performática "O que pode um casamento (gay)?" . A obra foi censurada e ainda não temos resposta do @ccbnb_fortaleza. A desculpa utilizada pela diretoria de marketing do equipamento Cultural é de que essa pequena faixa DESCARACTERIZAVA toda a faixada do prédio. A faixa foi retirada sem aviso prévio a nós ( eu e @eduardobff) artistas, a curadoria, a produção do Salão de Abril e a Secultfor. Triste saber que a censura e o silenciando continuam, e que infelizmente a nossa terra de homofóbicos continua disseminando ódio e apagamento aos corpos/sons/gestos/palavras/imagens desviantes. Seguimos reimaginando outros mundos. #pratodosverem #pratodomundover o vídeo é uma reportagem do Jornal Nacional. Nele eu e @eduardobff fomos entrevistados na frente do @ccbnb_fortaleza, assim como a varanda da noticia dada pela repórter também foi na frente do equipamento Cultural . Ao decorrer da reportagem, além da nossa entrevista aparecem algumas imagens das obras, como a faixa e a certidão de casamento. #lgbtq #censura #arte #artecontemporanea #artequeer #queerart #instagay #instapride

Fixando essa postagem para lembrar que quem mora em Fortaleza-Ce, na você pode adquirir o meu primeiro livro "Em terra de homofóbicos casamento gay é arte: Artivismo, norma e disrupção, na @lojareticencias da @reticencias.art Lá também tem outros livros do selo Imaginarios, além de obras de diversos artistas ❤️ Para o resto do Brasil e mundo (rsrsrs) pode entrar em contato no @imaginarios_arte enviamos para todo Brasil.

Rainha do milho, performance/intervenção que realizei mês passado no @dragaodomar A ação consiste em dançar, pela rua, corregando uma caixinha de som que toca músicas juninas realizando um sonho de infância de usar os trajes da rainha de quadrilha junina. No intervalo das músicas, alguns áudios de crianças respondendo a pergunta "Você já viu uma menino usando vestido?" "O que você pensa sobre isso?". No dia da performance estavam acontecendo atividades infantis e tive a oportunidade de dançar bastante com as crianças. Nenhuma delas, apesar de nunca terem visto pessoalmente um "menino" usando vestido (ao menos a partir do que perguntei) se importaram...ficavam com os olhos brilhando por conta das cores e movimento do vestido, assim como eu ficava. Diferente das crianças o olhar da maioria (não de todos) os pais foi de estranhamento e reprovação. Infelizmente em 2023 roupas ainda tem gênero... 📸@eduardobff #pratodosverem #pratomundover essa publicação possui descrição alternativa.

#tbt Com as bênçãos de Tibira.

Ontem realizamos a desmontagem da exposição “Degenerado Tibira: o desbatismo”. Ao longo de um mês de exposição, tivemos 2 dias de Seminário, 3 mini-cursos, 5 performances e vistas guiadas com intérpretes de LIBRAS. Pela exposição, passaram mais de 500 visitantes. Participaram mais de 30 artista, além de inúmeros outros profissionais da cultura. A todes agradecemos essa celebração de vida em abundância que Tibira nos provocou! Tibira vive 🍃 —— ❤️Na postagem, algumas obras presenter na exposição —— DEGENERADO TIBIRA: O DESBATISMO. Pertencente ao povo originário Tupinambá, Tibira foi assassinado de forma brutal no séc. XVII, na região onde hoje está localizado o estado do Maranhão, a mando de frades franceses da ordem dos Capuchinhos, pelo crime de sodomia. Com a justificativa de purificar a terra de todas as maldades, Tibira foi batizado forçadamente e depois foi amarrado à boca de um canhão, tendo o corpo estraçalhado pela explosão. O caso de Tibira pode ser entendido como o primeiro caso documentado, na história do Brasil, do que atualmente se entende como crime de homotransfobia. Inspirados no personagem, os curadores, por sua vez, propõem uma exposição performática como exercício de romper com a morte e os silenciamentos físico, simbólico e histórico impostos aos corpos LGBTQIAPN+. Curadoria/Expografia: @eduardobff ; @waldiriocastro Expografia/Designer: @mdiaspretooo —— O projeto é uma realização da Plataforma Imaginários, com apoio cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará por meio da Lei nº 18.012 de 1º de abril de 2022, por meio do edital de Cidadania e Diversidade Cultural LGBTQIA+ e parceira com a Casa do Barão de Camocim, Instituto Iracema, SECULTFOR, Hub Cultural Porto Dragão, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Instituto Dragão do Mar, D21, NeuroFilms e Coleção Amazoniana. #paracegover

Clínica de Reabilitação para Homofóbicos. No último final de semana (02 e 03 de setembro) no @dragaodomar , foi realizado a performance intervenção “Clínica de Reabilitação para Homofobicos” Nessa ação, propomos tencionar o imaginário da cura. Historicamente pessoas homossexuais foram dadas como doentes, sendo obrigadas a passarem por inúmeros procedimentos de violência que afirmavam ser possível curar a orientação sexual. Nessa ação, panfletamos pelas ruas e seguramos uma faixa, que indicam o número de uma clínica que investe o aspecto da cura, direcionando-a para os homofóbicos. Junto a isto, uma caixa de som divulga a chegada da clínica a cidade. Crédito: Raquel Santiago | @dragaodomar

Fome de Brasil (2023) Vídeo performance imersiva que gravamos no início do ano, realizada para o Ocupa Mis promovido pelo @mis_ceara Na ação eu @unicalessandra @apenasaires e @zielkarapoto comemos um bolo com o formato da bandeira do Brasil com o comprimento de 1m20cm X 80cm O trabalho tem direção de fotografia de @eduardobff e operaçãode câmera e ediçãode @vikkonder . O trabalho estará participando da mostra de vídeos na sala imersiva e podem ser vistos nos dias 12, 18 e 20 das 13hs às 20hs

DEGENERADO TIBIRA: O DESBATISMO A exposição-performática tem como disparador curatorial o personagem da história não oficial brasileira: Tibira do Maranhão. Pertencente ao povo Tupinambá, Tibira foi assassinado de forma brutal, no séc. XVII, na região onde hoje está localizado estado o Maranhão, a mando de frades franceses da ordem dos Capuchinhos, pelo crime de sodomia. Com a justificativa de purificar a terra de todas as maldades, Tibira foi batizado forçadamente e depois assassinado por uma bala de canhão. A partir deste caso, os curadores Eduardo Bruno e Waldirio Castro propõem uma exposição-performática como exercício de romper com a morte e o silenciamentos físico, simbólico e histórico impostos aos corpos LGBTQIAPN+. Construída enquanto uma produção de visualidades entorno da ideia de desbatismo e do tensionamento da população LGBTQIAPN+, e suas múltiplas interseccionalidades, aos dogmas do cristianismo conservador, a exposição abdica da ideia de salvação que exclui, silencia e mata historicamente muitos corpos desviantes e minorizados, propondo olhares outras para reimaginar possibilidades para além das imposições coloniais-cristãs-europeias. A abertura acontece no dia 07/08 na Casa do Barão de Camocim, a partir 16h, com obras de diversos artistas locais, nacionais e internacionais. Na inauguração, as 19h, será realizada a performance “Espiral da Morte” da artista indígena Uýra Sodoma. Na exposição é possível conferir, entre as mais de 30 obras, trabalhos de diversos artistas. A exposição segue até o dia 08/09 com diversas atividades: Seminário, Minicursos e Performances, ficando aberta à visitação de terça à sexta das 10h às 17h e sábado das 09h às 16h. O projeto, é uma realização da Plataforma Imaginários, com apoio cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará por meio da Lei nº 18.012 de 1º de abril de 2022, por meio do edital de Cidadania e Diversidade Cultural LGBTQIA+ e parceira com a Casa do Barão de Camocim, Instituto Iracema, SECULTFOR, Porto Dragão, Centro Dragão do Mar, Instituto Dragão do Mar, D21, NeuroFilms e Coleção Amazoniana. —— Designer: @mdiaspretooo #paratodosetodasverem #paracegover

Que São Sebastiana das bixas abençoe sua semana. #bixa #artecontemporanea

Experimentando na casa de @levibanida e @oarrudas ❤️‍🔥

#tbt Mur des je t’aime ❤️ #paris