Comer é complexo! Qual a sua opinião sobre esse assunto? #seletividadealimentar #meufilhonaocome #nutricaomaternoinfantil #nutriinfantil

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Chegou a hora de re-ocupar esse espaço com o que eu sei fazer de melhor. Há 3 anos me afastei das redes para conseguir olhar pra mim mesma, pros meus comportamentos e afetos, e portanto, pra minha Comunicação. Apesar desse afastamento, durante esse tempo, não parei de trabalhar. As dificuldades alimentares só aumentaram com a pandemia. No último ano, eu e mais de cem outros profissionais da área da reabilitação infantil nos dispusemos a estabelecer um diálogo transdisciplinar mensalmente; que foi absolutamente necessário para o enfrentamento da situação. NA PRÁTICA, vimos a disseminação e instauração do transtorno alimentar pediátrico no Brasil. Ainda há quem não acredite. Nos bastidores, os alunos tem me mostrado que SIM, estamos enfrentando algo diferente. E maior. Eu busco forças não sei de onde para voltar a me expor e expor minhas ideias aqui. Não vejo uma alternativa mais eficiente do que as redes sociais para mobilizar o todo. Os padrões de comunicação na hora da refeição estão levando cada vez mais crianças a odiarem seus próprios corpos, cada vez mais cedo. Você também tem percebido? Como vamos lidar com esse cenário? Vamos juntas? Agora me conta: como e por que vc chegou aqui? Vou adorar saber! Conta pra mim!

Um breve resumo das dificuldades alimentares na infância.

Alimentar com respeito vai de encontro à autonomia que a criança deveria ter em relação ao seu próprio comer.

Quando a família chega com uma queixa, é preciso investigar- sem julgamentos!

Passando pra agradecer a presença de todas vcs que estiveram comigo em supervisão ontem a noite! Foi muito especial! Queria lembrar que as inscrições para o curso "Distúrbio alimentar pediátrico" estão abertas e tem desconto até o dia 10 de dezembro! Que tal reunir sua equipe para participar? Manda um WhatsApp pra gente para maiores informações, o link está no meu perfil!

A prontidão é um processo, e não um momento exato ✅️

Eu também sou mãe e sei que é impossível não ficar feliz quando vc vê um prato limpo com gosto! Não só porque eu sou mãe, mas porque eu AMO cozinhar. E quem é que não gosta de cozinhar pra ver os outros comendo? Rs . Masss, em relação às crianças, por dentro, pulos de alegria! . Por fora, tentar manter-se o mais neutro possível ajuda a criança a manter sua bússola interna bem alinhada, comer por desejo próprio, fome, vontade - e não para agradar alguém, receber recompensas ou elogios. . Como manter-se neutra é bem difícil, resolvi dar um exemplo de como eu faço aqui em casa. . Primeiro, eu RECONHEÇO o fato, porque é comum que eles esperem um elogio (sim, apesar de eu saber disso tudo, é cultural elogiar qualquer criança que raspa o prato). . Depois, eu PROMOVO a auto-avaliação. "Estava gostoso?" "Estava com fome?" ou "Está satisfeito?" ou "Sua barriguinha está feliz?" . São formas de trazer o pensamento da criança para si mesma, refletindo sobre suas próprias sensações!

Você não precisa comer" pode ser um ótimo começo para alguém que não tem uma dificuldade maior em experimentar novos alimentos. Simbolicamente, eu reconheço que não sou obrigada a mastigar e engolir algo só porque está no meu prato ou no centro da mesa. Posso conviver e tolerar a presença do alimento diante de mim, salvo exceções (como crianças com transtorno do processamento sensorial). ⠀ .⠀ Embora essa frase possa ser encorajadora para mim, ou para vc, ou talvez para a sua criança - que as vezes encana com uma coisa ou outra - para uma criança com uma REAL dificuldade em experimentar QUALQUER alimento, dizer "você não precisa comer" é de fato um convite para... desistir. ⠀ .⠀ É difícil pra ela. Difícil não, muito difícil. Como pra você seria experimentar um espetinho de escorpião. ⠀ .⠀ Por isso, a nossa fala precisa envolver empatia, validação dos sentimentos e encorajamento, com um leve empurrão para a resolução de problemas que a criança muitas vezes não consegue enxergar. Por exemplo, como eu posso deixar um alimento mais apetitoso? Coloco queijo? pimenta? talvez um ketchup? Mudo a apresentação, faço bolinhos... Inúmeras oportunidades de ensinar a criança que tudo o que é diferente assusta, mas com um tanto de treino e adaptação é possível seguir em frente. Não desistir, mas tentar. Talvez não hoje, mas algum dia.⠀ .⠀ Falar para a criança: "vai, experimenta" não é um convite... É imperativo, uma ordem. E não estimula a criança a engajar, mas sim a fugir da situação.⠀

A íntima relação entre alimentação e linguagem 🎯 @frasesdecriancas

Por algum motivo me irrita a criança que não come tudo 🎯 @maya_eigenmann @_estranhos