VBAC “Vaginal Birth After Cesarian”, ou em português “parto vaginal depois de cesariana”! Tem também variantes como VBA2C, que seria um parto normal após duas cesarianas (controverso na sua indicação em geral). São aqueles casos onde a paciente possui uma cesariana (ou mais) antes e após tem um parto normal! Você já conhecia esta sigla? Dra. Nathalia Gomes Ginecologia e Obstetrícia CRM/SC 15.640 - RQE 10.668

“Uma vez cesária, sempre cesária.” “Mulher após os 40 não pode engravidar.” “Parto normal após os 40 anos é de risco.” “Indução de parto não funciona.” “Indução de parto após cesariana não pode.” Mitos e tabus… a obstetrícia é cheia deles! E pior que muitos deles são perpetuados até mesmo por alguns colegas obstetras! Quando penso no parto da Karla, penso nesses mitos.. que ela simplesmente colocou abaixo na gestação do Augusto! Que mulher dedicada tive a honra de acompanhar! Planejou sua gestação aos 43 anos, se preparou metabolicamente e logo engravidou. Teve uma gestação em “velocidade de cruzeiro” com prática contínua de exercícios físicos, acupuntura, fisioterapia pélvica, alimentação balanceada e manteve constância durante as 41 semanas! (Além de dar conta de casa - com direito a reforma/marido/filho mais velho e trabalho). Traçou o objetivo do parto normal e se preparou da melhor forma! Chegou às 41 semanas e não desistiu. Topou a indução com sonda, ocitocina e o que mais preciso fosse! Aceitou o desafio, superou os limites, e aos 44 anos teve seu sonhado parto normal, após cesária anterior, induzido e conquistado com louvor. Fácil não foi! Nem de perto! Mas ela estava lá, a cada respiração e cada contração! Firme e forte! E conseguiu! Karla mostrou que com força, determinação e muita dedicação se chega ao objetivo da gestação, da saúde durante o processo e da forma como quis trazer o filho ao mundo! Orgulho danado que eu tenho de paciente assim! 📸 @anacorrea1

Tudo de mais precioso que temos na vida está do lado de dentro. Nossas vivências, experiências e aprendizados.. Aprender a ler e escrever é das coisas mais ricas que ganhamos na vida, pois através disso podemos conhecer o mundo sem sair de casa!! Em todo e qualquer conhecimento que Mariah adquirir na vida você será lembrada! Pois nada seria possível sem que ela tivesse o básico, sem que tivesse se alfabetizado! Sou grata à vida por ter te colocado no caminho da Mariah há 4 anos, na escola, e que você tenha nos acompanhado até hoje, com as aulas particulares nestes últimos 5 meses, que sem dúvida valeram por anos de escola regular!! Desejamos que sejas feliz e realizada nesse novo projeto, e sem dúvida serás, pois mereces!! Ainda vamos te visitar na Itália!! 🇮🇹 Todas as palavras de agradecimento não seriam suficientes para demonstrar nossa gratidão!! Um beijo enorme nosso!!!

A gestação é um período mais que especial da vida de uma mulher! Estar assistida por profissionais em que se confie e se preparar para a chegada do bebê da forma que sempre sonhou faz com que toda essa fase se torne mais leve! Nem sempre você vai acertar no primeiro profissional que buscar! E tudo bem! Esta relação precisa ser afinada para que dê certo! Informe-se, você precisa se sentir segura nas suas escolhas! Dra. Nathalia Gomes Ginecologista e Obstetra CRM 15.640/RQE 10.668

A fase latente inicia normalmente parecendo os pródromos.. as contrações iniciam só que desta vez são mais regulares, impondo um ritmo, mesmo que espaçado inicialmente (contrações a cada 10/15 minutos) e tem a duração maior, cerca de 50 segundos. São contrações espaçadas, mas já são fortes suficientes para fazer a modificação inicial do colo uterino, levando ao seu afinamento e já iniciando uma dilatação, que nesta fase chega a 4 a 5 centímetros. Neste momento a mulher ainda consegue conversar, raciocinar, algumas ainda conseguem dar risada e se alimentar normalmente. Não existe tempo fixo pra esta fase acontecer. Pode demorar várias horas até que a fase ativa inicie.. Assim, o ideal neste momento é ainda tentar relaxar, comer, se hidratar, descansar e se possível até dormir entre as contrações. Ficar em ambiente calmo, e perto de quem se ama é excelente, pois esse carinho estimula a produção de ocitocina, essencial para que o trabalho de parto evolua!

E seguindo a tradição de não postar o mesversário no dia certo.. (esse mês nem as fotos foram no dia certo!), tá aí o nosso registro do segundo mês da nossa pequena! Agora os sorrisos já são espontâneos e intencionais! Já temos preferências mais estabelecidas! Já batemos mais de 5,5 kg e 60 cm de muito tetê e mamãe já tem um pacote aberto na massoterapia! Temos manas apaixonadas uma pela outra! Temos papais cada dia mais encantados por esse sorriso banguela e essas bochechas gostosas! Ah, e eu sei, ela continua a cara do pai dela! De frente, de costas, de baixo pra cima e do avesso tb! 🙃🤣

Repost da minha amiga @silviarossettoenf , que já me acompanhou em mais de uma centena de partos e já se surpreendeu assim como eu com bebezões nascendo! Esse casal da foto no parto do Noah, seu segundo bebezão com mais de 4kg! (O primeiro deles, o Benjamin, nasceu com 4550g!). Um bebê grande ao ultrassom não deve ser atestado como um parto potencialmente difícil, muito menos indicação absoluta de cesária! A natureza é sábia! Devemos deixar o corpo funcionar e na maioria das vezes pouco importa se são 3,5/4 ou 4,5kg! #Repost @silviarossettoenf with @make_repost ・・・ Escolhi esta foto para contar pra vocês que : “BEBÊS GRANDES NASCEM DE PARTO NORMAL” . Escolhi não só porque ela pariu 2 bebês com mais de 4 kg , mas pela admiração que tenho por eles, como casal e como profissionais médicos . ( Me sinto lisonjeada em poder acompanhar os 2 parto deles ) . Sim esta pergunta é muito frequente aqui, e posso afirmar com toda minha experiência que sim , “eles nascem” . Eu e a @nathalia__gomes___ que o diga, sempre somos surpreendidas pelos tamanhos dos nossos bebes de Pre Natal . . Então deixa eu contar uma coisa pra vocês , já acompanhei parto já de bebês de enormes nascendo de um parto normal. Já vi parto de bebezão de 3,900kg, 4kg, nascer em partos fáceis de mulheres que não eram tão grandes assim. . Já vi também bebês pequenininhos darem um trabalhão para nascer, ou não nascerem de jeito nenhum e precisarmos de uma cesárea intraparto . Então se vocês está aí preocupada com o tamanho do seu bebê , concentre-se apenas em parir . Confia no processo , confia no seu corpo . . Por Silvia Rossetto - Enfermeira Obstetra 💞 . #partonormal #partohumanizado #parteiraspelomundo #parircomrespeito #prenatal

Ainda não temos, e provavelmente nunca teremos, uma resposta única e concreta do que faz nosso corpo desencadear o trabalho de parto. O que se sabe é que à medida em que os pulmões do bebê “amadurecem”, substâncias químicas vão sendo liberadas na corrente sanguínea materna e desencadeiam a produção de ocitocina pelo hipotálamo. Esse hormônio estimula as contrações uterinas, descida do leite e o vínculo entre mãe e bebê. A medida que os níveis de ocitocina crescem, as contrações se iniciam, em princípio de forma incoordenada e leve, sem uma frequência definida (normalmente). Essas contrações iniciais vão gradativamente aumentando de intensidade, e acontecem em alguns momentos que trazem certo ritmo e desconforto à gestante. Chamamos estes eventos de PRÓDROMOS! Costumo dizer que é o ensaio do útero para o espetáculo que virá a seguir! Ele está “aquecendo os motores” para a grande corrida! O problema que isso muitas vezes leva horas, e até dias! E quer saber, esse treino que o útero faz muitas vezes já traz um nível de desconforto que não deixa a gestante dormir ou descansar. As contrações ainda são inefetivas, não são eficazes para modificar o colo do útero, são esparsas e com um ritmo lento, mas já doem! Os pródromos não tem tempo definido de duração, cada corpo é um.. o trabalho de parto pode iniciar sem pródromos, assim como os pródromos podem durar dias até que o trabalho de parto efetivamente desencadeie! Podem durar alguns minutos ou poucas horas e sumir de repente, com um banho relaxante ou um bom descanso. Quando os pródromos se mantém e intensificam, vão evoluindo até que o trabalho de parto se estabeleça! Me conta, você sentiu essa fase quando seu bebê estava para nascer??

Se eu fosse resumir em uma palavra a chegada da segunda filha, essa palavra seria… LEVEZA! Sim, essa é a minha palavra escolhida. Não porque seja fácil, ou porque não tenha perrengue, ou porque não canse e não tenhamos nossos altos e baixos. Mas é leve! Lembro que no meu primeiro puerpério, as noites eram uma tormenta! O anoitecer e a previsão de que não descansaria nada já causava um grande stress! Isso porque a insegurança de ter uma recém nascida em casa era enorme! Hoje já sei que o choro é o único meio de comunicação da bebê com o mundo. Hoje entendo que o melhor lugar pra ela é mesmo no colo, que ela precisa ter nosso calor ao redor dela pra se sentir segura, que ela precisar sugar muito tempo durante o dia não é uma fome interminável. Hoje sei que bebês não vem com relógio instalado no chip, tampouco um cronômetro. Tem dias que levam 20 minutos pra adormecer, outros dias uns 80… temos uma previsão de como as coisas vão se encaminhar, mas ela muito frequentemente sai do planejamento. Hoje entendo que diversas acordadas na madrugada não são uma questão pessoal com a pobre mãe exausta, e sim uma necessidade de alguém que tá chegando nesse mundão e precisa se adaptar à vida aqui fora. Hoje sei que cada vez que a atendo no bercinho, e ela imediatamente se acalma e abre um sorriso mesmo que ainda com fome, demonstro o quanto ser amada e cuidada é bom e faz bem. E isso a constrói mais forte, de tijolinho em tijolinho. É lógico que existe variáveis que contribuem para essa leveza do segundo filho. A experiência de saber que não se pode esperar uma rotina exata todos os dias acalma, a maturidade que adquiri nesses 6 anos entre as duas filhas, e ter um cara ao lado que sabe que ser pai não é ser ajudante de mãe, e desempenha seu papel com gosto e amor, são determinantes pra que a experiência seja bem melhor. E além de tudo, a sabedoria de que tudo passa, passa rápido, e dá até saudade depois!

Parir é um evento fisiológico, em sua essência não é programado. Inicia espontaneamente (desde que haja tempo para que ele possa se desencadear). Acontecerá independente de vontade que antecipe ou atrase, do tempo, da data, dos compromissos, etc. Entrar em trabalho de parto é uma necessidade que em algum momento acontece, assim como ir ao banheiro, comer ou dormir. É próprio da natureza humana entrar em trabalho de parto, assim como para quase todos os outros animais! A diferença é que nós, humanos, “domesticamos” o trabalho de parto muitas vezes, tentamos controlá-lo e inibimos o lado instintivo que ele possui. Através dos estudos, criaram-se meios para avaliar a gestação de perto, com isso identificam-se doenças e assim criaram-se medos e muitas vezes se intervém precocemente, algumas dessas até desnecessariamente, mas sempre em prol da saúde do binômio mãe-bebê. Renovamos conceitos, recriamos ideias, estabelecemos rituais em volta desse evento, e socializamos o evento, como se tivéssemos o controle e pudéssemos prever como uma mulher em trabalho de parto se comportará. Esses dias ouvi de um pai: “É meio animalesco!”, não em tom pejorativo, mas em admiração à transformação que ele testemunhou sua mulher ter para parir sua filha. Discordo. Não é meio. É totalmente animalesco. É a nossa essência. É onde conseguimos atingir nosso “eu” mais verdadeiro, que obrigatoriamente se despe de educação, etiqueta e imagem. É onde a mulher anda nua, fica de cócoras, grita, se internaliza e ao mesmo tempo exterioriza-se totalmente, pede pra não ser tocada, ou pra ser muito tocada, chora, sem se preocupar com julgamentos alheios. É o momento de se entregar e fazer o que o corpo pede. Deixar fluir. Então, aproveitando esta reflexão, vamos durante os próximos dias, falar um pouco sobre esse tal “trabalho de parto”, e seus momentos! Vem comigo! (Para isso, vou contar com a ajuda das pinturas artísticas sensacionais da @amandagreavette)

Relato de Parto - Parte 1 Pródromos Tudo começou dia 21/06, pela manhã, bem cedinho… acordei por volta das 7 pra fazer aquele xixizinho básico e voltei pra cama. Logo que deitei, começou uma dorzinha que não estava habituada a sentir… depois de uns 7/8 minutos outra, e depois outra, achei estranho, mas fiquei quietinha deitada, tentando voltar a dormir… O Cássio havia levantado, feito café e se preparava pro trabalho.. falei pra ele: “Amor, vai pro trabalho, mas acho que talvez tenhas que voltar!” Dito e feito! Menos de duas horas depois pedi que ele voltasse pois a coisa tava engrenando! Contrações vindo com intervalos de 4 a 6 minutos e ficando mais intensas… Ele voltou pra casa e ficamos deitados vendo TV e deixando as contrações acontecerem. Só que ao invés de ritmarem, elas foram ficando mais espaçadas até que por volta do meio dia tinham praticamente parado!! Confesso que me frustrei, achei que era trabalho de parto, mas na realidade era pródromo! Já tínhamos 40 semanas e 2 dias e eu já estava cansada. Mas paciência, ela viria quando quisesse e tava tudo certo. Conseguimos almoçar normalmente. A tarde dormimos um pouco, descansamos! E foi como se nada tivesse acontecido de manhã…

Relato de Parto - Parte 2 Trabalho de parto iniciando Ainda que as contrações tivessem cessado, havia combinado com a Mari que ela iria me examinar por volta das 20h, e assim ela fez. Pra nossa surpresa (e minha alegria), eu já estava com 4 cm, com colo fininho… Eu me animei! Estava sentindo nada e o colo havia evoluído nos pródromos! (Eu tinha 2 cm nos dias anteriores!) O bom de amiga obstetra é que além de vir examinar em casa, ficamos batendo papo, tomamos juntas uma sopa e enquanto isso as contrações começaram a voltar tímidas.. Em pouquinho tempo o desconforto foi aumentando, e ela viu que a coisa tava pegando de novo, isso deveria ser umas 21 e pouco… Falei pra ela: Mari, vai descansar, vai fazer as crianças dormirem, quando o bicho pegar real oficial te chamo! Ela não queria muito ir, mas eu sabia que teríamos uma longa madrugada pela frente e naquele momento não adiantaria ela se desgastar ali! Ficamos eu e o Cássio no quarto.. as contrações foram chegando mais fortes e ritmadas, e em pouco tempo precisei ir pro banho… coloquei a playlist que havia selecionado, uma cromoterapia e no chuveiro fiquei mais de hora, pensando, mentalizando o que viria, agradecendo que o dia havia chegado pra nós! Logo chamei a Silvia, que chegou pra ficar conosco! Me lembro dessa hora com um clima gostoso, conversando, rindo entre as contrações, que, quando chegavam eram contornadas com massagem, com pressão nos quadris, com o TENS (aparelho de eletroestimulação), massagem nos pontos de acupuntura, e muita concentração, calma e respiração!